sábado, 27 de dezembro de 2008

Olhar o horizonte, tirar os olhos do chão

A vida realmente dá muitas voltas... Quando eu estou vivendo um momento difícil, de tristeza e desânimo, achando que só pode piorar, eu acabo esquecendo que depois de um período assim acontecem coisas boas, que me ajudam a superar as tristezas e me preparar para novos obstáculos. Mas mesmo sabendo disso, só sabe de sua dor aquele que a sente, e este, tem certeza que é sempre o fim, o pior... E não adianta as pessoas ficarem perguntando se está tudo bem se elas não querem saber a verdade, verdade esta que está estampada na face e olhos inchados e opacos daquele que sofre, não! Elas querem aquela resposta educada e sem vida, superficial e falsa: “__ Tudo bem!”. E pior ainda é quando recebem a resposta verdadeira e tentam desesperadamente e inutilmente mostrar para quem está sofrendo que sua dor não é assim o fim do mundo, que não pode se entregar, que é preciso reagir, colocar um sorriso no rosto e pensar positivo! Tentam ajudar dizendo: “___ Pelo menos tu tem saúde, olha quanta gente por aí morrendo de doenças degenerativas, ou de câncer ou HIV.” ou “___ Queria ver se teria tempo para ficar chorando por pouca coisa se estivesse na África com vários filhos nos braços, subnutridos e morrendo de fome um a um.” Ou “___ Tu és tão inteligente, tão interessante. Não podes te abalar por um rompimento, vai ver não era a pessoa certa ou o melhor momento... Quem não sabe disso??? Mas nada que se diga pode mudar o estado de espírito causado por uma dor.

Para meu espanto, mesmo imergida neste turbilhão de emoções, me sentindo perdida, embriagada de saudade e torturada pelas conseqüências oriundas dos meus erros; fui invadida por algumas idéias que ainda não haviam ocorrido.

Eu
nunca gostei do Natal... sempre fico deprimida quando a data vem se aproximando. Nunca havia tido um Natal como imaginava que deveria ser. Não tenho boas recordações e acho que por este motivo me fechei para a data. Fiz uma retrospectiva dos últimos Natais e fiz algumas descobertas, que seguem acompanhando meu raciocínio, mostrando que nem tudo está perdido.


NATAL 2005 24/12/2005

Onde?
Passei a véspera em casa, eu morava nesta época na rua Santo Antonio

Com quem? Somente eu e Deus. Nem esperei a virada, tomei um lexotan e dormi cedo

Sentimentos? Vazio, solidão, desânimo, tristeza... Só queria que acabasse logo.


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